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Filmes para repensar o sentido da vida - Parte 3

maio 18, 2020


Dias atrás pedi #moviestips para alguns amigos e, por coincidência ou não, dois deles me recomendaram o mesmo filme.

No apanhado geral, este é um dos filmes que mais me comove e revirou minha mente por uma semana inteirinha. A conexão com essa produção foi intrínseca e seria inválido não o compartilhar:



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ABOUT TIME (QUESTÃO DE TEMPO)

Sinopse: Ao completar 21 anos, Tim é surpreendido com a notícia dada por seu pai de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Cético a princípio, Tim logo se empolga com o dom ao ver que seu pai não está mentindo. Sua primeira decisão é usar esta capacidade para conseguir uma namorada, mas logo ele percebe que viajar no tempo e alterar o que já aconteceu pode provocar consequências inesperadas.

Gênero: Drama/Fantasia
Duração:  02h04min
Ano de lançamento: 2013



No dia em que completa 21 anos, Tim descobre que consegue viajar no tempo. O seu pai e a antiga geração de homens em sua família sempre tiveram essa capacidade de regressar no tempo. Para viajar, eles devem estar em um espaço escuro, cerrar os punhos e visualizar a memória para qual desejam voltar. A primeira tentativa de Tim é regressar para corrigir uma noite de Ano Novo na qual a timidez o impediu de beijar uma amiga. 

No verão seguinte, Charlotte, uma prima distante vai passar a estação em uma casa à beira-mar de seus pais. Ao fim da estadia e instantaneamente atraído, Tim decide confessar a sua paixão. A garota diz a ele que a decisão de contar seus sentimentos foi tardia e que caso tivesse mais tempo, poderia existir alguma chance. 

Tim então volta no tempo para um momento anterior, mas Charlotte diz para ele esperar até o último dia e voltar a tentar. Ele segue o combinado e novamente percebe que ela não se sente atraída por ele e que não serão as viagens do tempo de o ajudarão. 

Pouco tempo depois, Tim decide mudar-se para Londres para ser advogado. Passa a morar na casa de um conhecido do pai, um dramaturgo que passa por dificuldades. Meses depois, em um jantar às escuras, ele conhece Mary e ambos se sentem atraídos, do lado de fora do restaurante, Tim a vê e logo se apaixona. 

Retornando para casa, Tim descobre que o dramaturgo teve sua peça arruinada, e decide viajar no tempo para ajudá-lo. No entanto, ao voltar no tempo, o encontro entre ele e Mary deixa de existir. É então que ele descobre as regras da viagem no tempo, e em uma obsessão constante, realiza novas viagens diversas vezes até que possa reencontrar Mary, a mulher de sua vida. 

Abou time é um filme de agregação mista, belamente filmado e descaradamente sincero. Isso porque somos apresentados a problemas que pertencem ao nosso dia-a-dia, mas que se tivéssemos uma segunda chance, mudaríamos. 

Tim aparentemente é um rapaz comum, cheio de sonhos e desejos, e almeja uma única coisa em sua vida: Mary. Porém, os planos tendem a mudar quando somos presentados ao meio familiar em que ele vive. Sua mãe aparentemente dona de casa, seu pai um homem de muitas experiências que mais tarde vem a descobrir uma grave doença e sua irmã mais nova com problemas de aceitação correlacionado ao alcoolismo e a baixa autoestima. 

Essa quebra da perfeição familiar faz com que Tim frequentemente ponha as suas necessidades acima dos outros ignorando qualquer resultado que ele venha a ter, seja em mudança temporal ou na vida de outra pessoa. Ele quer que as coisas sempre tenham finais superáveis e felizes, e a construção proposta durante o filme é totalmente oposta. Pois, não importa quantas vezes ele retorne, as coisas acontecerão como devem acontecer. 

Quando ele compreende que as ações são parte do processo natural da vida, há um alívio em "tudo bem se for assim..." Tim passa a aceitar os erros, as dores, os sofrimentos para mais tarde usá-los como receita para novas oportunidades e viver intensamente todos os dias ignorando as possibilidades de retornar no tempo, e por fim gera o senso da empatia pelo outro que está incluído em seu meio. 

É preciso frisar que este é mais um daqueles filmes que não deve ser julgado. A princípio, apenas pela fotografia, imagina-se ser um filme estilo Nicholas Sparks, o que não é errado pensar assim, no entanto, assisti-lo me fez ter uma síncope reflexiva durante uma semana inteira. Não sabemos quando será o último dia, é preciso se arrepender das coisas não ditas ou seguir em frente e não olhar para trás? Vale a pena se questionar.

LEITURA ATUAL

FAVORITO DO MÊS

@GRAZIELLASILVAO