Hoje é o segundo dia do aquecimento bienal e do quê adianta falarmos dos futuros lançamentos se antes não falarmos das nossas queridas e amadas editoras. E para falar a verdade, o que seriamos sem elas?

Toda bienal tem o seu momento de impacto e nas ultimas bienais das quais presenciei vi que muitos dos estandes estão chamando os seus visitantes – literalmente.

Ano passado, como todo mundo sabe, aconteceu a 16° Bienal do Livro no Rio de Janeiro e eu felizmente tive a oportunidade de ir, e em uma única viagem realizei dois desejos: ir para o Rio e comprar livros livros livros...

Para quem não foi a essa Bienal saiba que perdeu grandes oportunidades, descontos (que eu espero que tenha também em São Paulo este ano), uma perfeita programação e diversão. Portanto se você não foi este é o momento de começar a chorar.

No início eu estava com medo de extrapolar no dinheiro e acabar não comprando todos os livros que eu pretendia ter, só que não foi o que aconteceu. 

O estande da Intrínseca de longe foi uma das melhores se não a melhor da Bienal no quesito descontos. 

Para quem não ficou sabendo a Editora Intrínseca estava oferecendo valores por tabela: acima de Três livros ganhava um desconto de 10% e 15% + um vale brinde (um bottom da sua escolha) na compra de Cinco livros. Isso sem contar o design chamativo do estande proporcionado pelas capas dos livros de lançamento como A Casa de Hades do autor Rick Riordan e do mais novo autor celebridade do momento John Green.

Agora, imagina você estar andando pela bienal quando se depara com pessoas saindo de estandes chorando, pois é isso foi o que aconteceu na Livraria Saraiva.

Todo mundo sabe que quando você vai à Bienal é impossível sair sem pelos menos centenas de sacolas que os estandes oferecem mesmo que só tenham marca páginas nelas, porém para a Livraria Saraiva isso foi a gota d’agua.

Como havia várias outras editoras vendendo os seus próprios livros isso acabou dificultando o trabalho da livraria. Muitos dos visitantes entravam com livros recém-comprados em sacolas e na hora do pagamento dos livros os funcionários e guardas do estande Saraiva criavam uma bela confusão, e muita das vezes mencionadas como roubo. Os livros não tinham descontos e estavam mais caros do que de costume, desorganização era o seu nome do meio e isso obviamente prejudicou a imagem do estande. E as editoras Leya e Rocco também não passaram despercebidas nesse quesito.

Por serem vendas diretas entre consumidor e editora eu esperava mais e na verdade encontrei menos. Preços altos, nenhum desconto, filas enormes que nunca acabavam, livros sem preços e como sempre a confusão de sacolas. No final acabei me irritando e deixei de lado livros pelo qual havia me interessado, e por causa da bendita réplica do Trono de Ferro as filas da editora Leya se confundiam e você acabava andando em círculos.

... Não só de livros viverá os leitores...

Há quem diga que a parte mais tensa de toda Bienal era oferecida pelos estandes vendedores dos famosos Mangás, as filas eram uma coisa absurda. Eu tentei enfrentar e mais uma vez tive que desistir.

Veja bem, eu cheguei às onze horas na Bienal e fui embora às nove da noite e as filas para compra de mangas pareciam não ter se movido um centímetro se quer. 

Mas no final de tudo sai bastante satisfeita da Bienal do Livro porque quando viajei com apenas R$ 500,00 (quinhentos reais), desse valor tive que retirar as minhas passagens, minha entrada na bienal, as refeições nas paradas de ônibus tanto ida como volta e ainda o valor dos livros; e por incrível que pareça voltei do Rio com R$ 100,00 (cem reais) no bolso. É para comemorar ou não?

Espero que este ano as editoras estejam bondosas ;D